Boas Vindas...

Seja bem vindo ao Fogo do Dragão, mantido e atualizado por Diego Coletti Oliva (a quem eu costumo me referir como Eu), um jovem que conheceu o RPG em 1996 e não consegue mais se livrar dele, e que agora resolveu montar um blog para reunir material útil (pelo menos na opinião dele) para jogadores e mestres novatos ou veteranos...

Já aviso que nada do que você encontrará aqui você não poderia muito bem encontrar em outros sites por aí, até mesmo os contos e artigos que eu mesmo escrevo, mas aqui pelo menos está tudo junto e na mesma língua.

Então aproveite o conteúdo, se precisar de alguma coisa meu contato tá aí do lado direito da tela, bem ali, se eu não responder em uma semana, espere mais uma semana...

Dando Sangue pelo RPG

Dando Sangue pelo RPG
1º Campanha "Dando Sangue pelo RPG", participe dessa equipe, ajude a quem precisa... Saiba mais no sobre essa campanha no blog http://d3system.com.br/dosprpg1

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O Que é RPG?

Artigo publicado originalmente no site oficial da Devir Livraria.

RPG é a abreviação do termo RolePlaying Game, que já foi traduzida de várias formas em nossa língua. Uma das mais populares é Jogo de Interpretação de Papéis. Apesar dessa tradução e de ser comum ouvir a expressão "Vamos jogar RPG!", o RPG não é exatamente um jogo. Ele é uma brincadeira de contar histórias.

Sobre as histórias...

É importante salientar que as atitudes e reações do personagem de cada ouvinte são escolhidas exclusivamente pelos ouvintes e que o resultado das ações dos personagens e suas conseqüências são definidas pelo narrador. A única exceção a esta regra são os personagens que fazem parte da história mas não são representados pelos ouvintes. Estes personagens ficam aos cuidados do próprio narrador.

Como toda atividade, o RPG tem também um jargão todo próprio e particular com o qual nós iremos aos poucos nos acostumando. No linguajar dos praticantes de RPG, por exemplo, os narradores são chamados de mestres, os ouvintes/participantes são chamados de jogadores e as histórias são chamadas de aventuras.

A história do exemplo passa-se em São Paulo no início da década de 70. No entanto, é possível contar histórias que se passam em qualquer lugar e em qualquer época.

E nada implica que este lugar ou esta época tenham que existir no mundo real. Poderiamos contar uma história ambientada na Terramédia do Senhor dos Anéis, na Enterprise de Jornada nas Estrelas ou num mundo qualquer que venha a ser inventado.

Normalmente, o local e a época em que a história está sendo contada são chamados de cenário. Existem diversos cenários prontos que você pode usar para ambientar suas histórias.

Da mesma maneira, as decisões que o narrador/mestre toma durante o desenrolar da história não são aleatória nem arbitrárias. Ele usa um método para tomar estas decisões que os jogadores de RPG em geral chamam de sistema de regras. Existem centenas de sistemas de regras para RPG.

A Diferença...

A principal diferença que existe entre o contar histórias tradicional e o RPG é que no primeiro caso o narrador conta uma história que ele já conhece e praticamente nunca altera, a não ser por mudanças de inflexão ou pequenas improvisações. Num RPG, por outro lado, cada um dos ouvintes representa um personagem que faz parte da história que está sendo contada pelo narrador e interfere em seu desenvolvimento, transformando-a em uma criação coletiva.

O processo narrativo do RPG pode ser descrito da seguinte maneira: O narrador expõe uma situação e diz aos ouvintes o que seus personagens vêem e ouvem. Em seguida, os ouvintes descrevem o que seus personagens fazem naquela situação e o narrador, então, diz qual o resultado das ações dos personagens dos ouvintes... e assim por diante. A história vai sendo criada pelo narrador e pelos ouvintes à medida que é contada e vivenciada como uma aventura.

Exemplo de Jogo:

O narrador diz aos ouvintes "quando cruzam a rua São Bento, vocês ouvem um grito de socorro; um grito de mulher. O que vocês fazem?"

Um dos ouvintes diz: "Eu olho para ver o que está acontecendo!"

O narrador diz: "No meio do quarteirão da rua São Bento você vê um vulto de costas, um sujeito tão alto quanto você e muito forte, ele está curvado, batendo em alguém."

O ouvinte diz: "eu começo a correr na direção dele e grito para ele parar!"; o narrador diz: "quando você grita, ele gira o corpo lentamente. Com a mão esquerda ele segura uma mulher pela gola do casaco.

Ela parece estar desmaiada. Quando ele gira o corpo, você vê alguma coisa brilhar em sua mão direita, o que você faz?"

E a história segue assim...

Um comentário:

Anônimo disse...

Definição perfeita Diego. Como sempre falo que o divertido é saber que o RPG é um jogo coletivo em que uma historia com jogadores diferentes gera situações totalmente diferentes para uma mesma proposta de historia.
Abraços, continue escrevendo no blog, esse template é muito bom.